Oito de março. Uma data que, ao longo dos anos, se tornou símbolo da luta feminina por direitos, equidade e respeito. Mas em um cenário de políticas públicas frágeis, violência crescente e desigualdade persistente, há algo a se comemorar? Sim, há. Mas há, sobretudo, muito a se reivindicar.
Ser mulher ainda é um desafio diário. No ambiente profissional, o respeito muitas vezes é condicionado à necessidade de provar constantemente competência. Na política, os espaços ainda são ocupados, em sua maioria, por homens, enquanto as mulheres que ousam entrar nesse meio enfrentam ataques e descredibilização. Nos lares, muitas continuam vítimas de abusos, sustentando sozinhas famílias e enfrentando jornadas duplas ou triplas de trabalho.
Por isso, o Dia Internacional da Mulher não é apenas uma data comemorativa, mas um lembrete de que nossa presença e voz precisam ser fortalecidas em todos os espaços. Mulheres como Chiquinha Gonzaga, que abriu caminho na música em uma sociedade machista; Bertha Lutz, que lutou pelo direito ao voto feminino no Brasil; Margaret Thatcher, a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no Reino Unido, tornando-se o símbolo da “Dama de Ferro” por sua determinação e firmeza na política; Luiza Trajano, que revolucionou o empreendedorismo no país; Carmen Lúcia, ministra do STF; e tantas outras são exemplos de resistência e transformação.
No mês de março, não queremos apenas flores ou homenagens passageiras. Queremos respeito todos os dias, queremos políticas públicas eficazes, queremos segurança, queremos espaço. Queremos ser reconhecidas não apenas pelo que conquistamos, mas pelo que ainda podemos e devemos conquistar.
A todas as mulheres que lutam, que não desistem e que seguem abrindo caminhos para as próximas gerações, deixo aqui o meu respeito e admiração. Que essa luta continue até que o respeito e a igualdade não sejam mais um sonho, mas uma realidade.