Morreu nesta quinta-feira (11), em Brasília, aos 54 anos de idade, a economista, servidora pública e militante do PSOL Roseli Faria. Mulher negra, Roseli foi uma referência na formulação de políticas públicas e orçamentárias e no combate ao racismo. Ela enfrentava um câncer colorretal.
A economista foi pioneira nas comissões de heteroidentificação e lutou pela implementação da política de cotas raciais para ingresso nas universidades e carreiras públicas.
A Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp), entidade da qual Roseli fez parte, lamentou sua morte e destacou o trabalho dela no enfrentamento da PEC 32, que trata da reforma administrativa, nos anos de 2020 e 2021. A Anesp destacou que a partida de Roseli é “devastadora”.
“Mulher negra, conquistou espaços decisórios e sempre atuou guiada pelo compromisso com os mais pobres, com as mulheres e com a população negra. Sua presença fará imensa falta nas lutas que ainda temos pela frente”, afirma a entidade.
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Roseli também foi candidata a deputada federal em 2022, pelo PSOL-DF.
“Como mulher negra, abriu caminhos e seguirá inspirando outras mulheres a ocupar espaços de liderança. Roseli foi imensa em tudo o que fez, deixando uma trajetória de coragem, conquistas, amizades e respeito que permanecerá como legado”, disse o partido.
Outras entidades como o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFmea) e o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) também lamentaram a morte de Roseli.
“Reconhecida por sua coragem, generosidade e pela luta em defesa de um orçamento garantidor de direitos e da justiça social, tornou-se uma referência na causa do orçamento público sensível a gênero e raça”, destaca o Inesc, onde Roseli participou como integrante do Conselho Diretor da instituição.
O velório será na tarde desta quinta-feira (11), em Brasília, no Cemitério Campo da Esperança.