Ao lançar uma campanha de multivacinação voltada para crianças e adolescentes de até 15 anos nesta quarta-feira (1º), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um apelo para que pais, mães e responsáveis atualizem a caderneta de vacinação dos filhos. “Sou pai de uma criança de 10 anos e faço questão de ela estar com todo o seu calendário vacinal em dia”.
“Uso a caderneta digital da criança porque é cada vez mais amplo o nosso calendário de vacinação. Mesmo um médico infectologista como eu, se não olhar a caderneta, às vezes, pode esquecer de uma vacina ou outra. A caderneta digital da criança não só tem todo o calendário ali como também manda mensagens para os pais e mães – se você cadastrou o seu filho ou filha.”
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Durante coletiva de imprensa em Brasília, Padilha destacou ainda a segurança e a eficácia das doses utilizadas no país para o controle de doenças imunopreveníveis. “Eu não vacinaria a minha filha se não tivesse confiança absoluta na segurança, na qualidade e na importância dessas vacinas. Eu não vacinaria o presidente da República do meu país se não tivesse segurança absoluta da qualidade, da segurança e da importância dessas vacinas”.
“Quero relembrar aos pais e mães que eles só não tiveram paralisia infantil, só não tiveram meningite, só não tiveram doenças extremamente graves porque, um dia, seu pai e sua mãe enfrentaram situações muito mais difíceis do que hoje para te vacinar – numa época em que as vacinas não estavam todos os dias nas unidades básicas de saúde e, muitas vezes, só chegavam no dia da campanha nacional daquela doença.”
Ao final da fala, o ministro voltou a insistir que pais, mães e responsáveis garantam o acesso de crianças e adolescentes à imunização. “Não negue o direito ao seu filho de ter a melhor tecnologia para salvar vidas que o ser humano descobriu e desenvolveu ao longo desses anos que é a vacina”.
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O ministro reforçou um chamado aos pais e mães para aproveitarem o mês de outubro, mês da criança, quando o ministério campanha de atualização de todas as vacinas do calendário.
De acordo com Padilha, pesquisas feitas por universidades, muitas com o apoio do Ministério da Saúde, mostram a hesitação vacinal. “Pesquisas que a gente acompanha sobre a opinião da população mostram que muita gente foi afetada pelas mentiras disseminadas com muita força na época da pandemia e que continuam sendo disseminadas.”.