Conferimos como é uma corrida da liga profissional de drones

Época NEGÓCIOS esteve em Munique (Alemanha) para conhecer a Drone Racing League (DRL)

Quem diria que aqueles circuitos de corrida de autorama dos anos 80 e 90 seriam tão atuais? Bom, é essa a sensação de estar diante de uma corrida de drones, mas no lugar dos carrinhos grudados na pista, temos agora pequenos veículos criados com tecnologia ultra moderna em circuitos que parecem “ignorar” a gravidade. Um toque especial se dá pelos óculos estilo realidade virtual usados pelos pilotos. Sim, estamos diante de um gigantesco jogo de video game.

Drone Racing League (DRL) apresentou a semifinal do circuito 2018 em Munique, na Alemanha, neste final de semana. Cerca de mil pagantes se reuniram no BMW Welt para acompanhar 12 pilotos competirem por seis vagas na final, que será realizada na Arábia Saudita, no mês de setembro. O evento recebeu outras mil pessoas na parte de fora do evento, onde era possível assistir à corrida de graça em um telão.

Impressiona ver drones coloridos voando a 130km por hora. A cada rodada, o público aguarda ansiosamente para ver um dos robôs ultravelozes passarem perto de suas cabeças. Os mais aficionados trazem seus próprios óculos de realidade virtual e podem sintonizar a frequência dos pilotos, acompanhando o percurso do drone em tempo real. Mas o que realmente empolga a plateia é ver a queda de algum drone.

PILOTOS MANUSEIAM SEUS EQUIPAMENTOS NA SEMIFINAL DA DRONE RACING LEAGUE (DRL) (FOTO: JULIANA GUARANY)

A cada evento, cerca de 600 drones voam em duas corridas com seis rodadas cada. Os drones utilizados pelos pilotos são exatamente iguais, todos produzidos exclusivamente pela DRL, o que faz a competição ficar mais focada nas habilidades de cada piloto. O perfil dos participantes colabora ainda mais com a cara de videogame: rapazes novos, todos homens. A participação feminina ainda é muito tímida.

A DRL é a primeira liga profissional de corrida de drones. O CEO e fundador Nicholas Horbaczewski explica que buscou pilotos e tecnologias em pequenas ligas amadoras pelos Estados Unidos: “Eu ia a corridas em estacionamentos de shoppings, era tudo muito amador Porém, vi que havia um tremendo potencial de crescimento e profissionalização”. A empresa passou a desenvolver tecnologia específica para os drones de corridas e rapidamente angariou recursos para montar a liga. Já foram mais de 32 milhões de dólares em investimentos no esporte.

PÚBLICO JOGA EM UM SIMULADOR DURANTE A SEMIFINAL DA DRONE RACING LEAGUE (DRL), EM MUNIQUE (FOTO: DIVULGAÇÃO DRL)

Para um evento do porte desta semifinal, os organizadores contaram com o trabalho de 150 pessoas, entre engenheiros especialistas em drones, câmeras, fotógrafos e até um narrador que os acompanha em todas as etapas. O narrador também aproveita para explicar as regras da corrida para os presentes sempre que possível.

O esporte tem futuro. Pelo menos é o que indica a participação passiva de grandes patrocinadores já de olho no publico-alvo, majoritariamente masculino e de alta renda. Marcas de luxo como BMW, Swatch e a marca de seguros Allianz são algumas das que veem na liga um alto potencial de sucesso. A partir de setembro, canais de TV de mais de 75 países também farão a cobertura do evento.

 

DETALHE DE DRONE DA DRL NA SEMIFINAL DA DRONE RACING LEAGUE (DRL) (FOTO: JULIANA GUARANY)
DRONES NA SEMIFINAL DA DRONE RACING LEAGUE (DRL) (FOTO: JULIANA GUARANY
PÚBLICO ASSISTE À ETAPA DA DRONE RACING LEAGUE (DRL) (FOTO: JULIANA GUARANY)
SEMIFINAL DA DRONE RACING LEAGUE (DRL) (FOTO: JULIANA GUARANY)

 

Fonte: Época negócios

#internet

#drone

#Tecnologia

Últimas