Aldeia terena de Avaí, em São Paulo, inicia gincana cultural

Para marcar o Abril Indígena, moradores da aldeia Ekeruá, da Terra Indígena Araribá promovem a 4ª edição da Gincana Cultural. A comunidade fica localizada no município de Avaí, no interior de São Paulo, próximo a Bauru. 

O evento conta tem o apoio do professor Rodolfo Langhi, do Departamento de Física e Meteorologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Com programação concentrada no período da tarde, a gincana permite ao público, entre outras atividades, saber mais sobre constelações indígenas, por meio de palestra ministrada por Langhi. 

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Crianças indígenas entregam manifesto pelo meio ambiente a ministras.Vamos seguir cobrando nossos direitos, asseguram lideranças indígenas.Nessa terça-feira (15), os visitantes participaram de sessões de observação do céu, aplicando os novos saberes que assimilaram na palestra feito por Langhi, que tem vínculo com o Observatório Didático de Astronomia. Ele falou ainda sobre a relação da agricultura tradicional com os astros.

A aldeia recepcionará o público para as atividades até o próximo domingo (20). Serão cinco dias de feira com acessórios e objetos de arte indígena, palestras sobre etnoturismo e etnobotânica, contação de histórias, brincadeiras, apresentações culturais e jogos em diversas modalidades como zarabatana e corrida com tora. A feira e a praça de alimentação funcionarão todos os dias.

A aproximação de não indígenas é um processo que completa quase duas décadas, conforme explicou à Agência Brasil Davi Terena, professor e gestor cultural da aldeia. Segundo ele, o projeto inclui tanto a ideia de proporcionar uma imersão a quem é de fora quanto a de fortalecer a identidade de seu povo, que divide o território com grupos guarani e kaingang.

“A aldeia Ekeruá foi fundada em 2002 e, desde 2007, praticamente, veio fortalecendo os trabalhos com atividades de visitações. Com isso, foi ganhando um público, que passou a frequentar e foi sendo conquistado pela organização da aldeia”, disse Davi, ressaltando que em sua aldeia vivem 60 famílias e cerca de 180 pessoas.

Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil

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