A Comissão de Segurança da Câmara Legislativa se reuniu extraordinariamente na tarde desta terça-feira (10) para discutir a situação da segurança pública no Distrito Federal após a intervenção federal decretada pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), em decorrência dos atos terroristas praticados em Brasília no último domingo (8). Os integrantes da comissão aprovaram a realização de uma visita aos presos pelos atos terroristas que estão detidos nas dependências da Polícia Federal. Também ficou acertada uma reunião com o interventor federal na Segurança Pública do DF, Ricardo Capelli.
A presidente da comissão, deputada Doutora Jane (Agir), disse ser importante que a Câmara Legislativa acompanhe a situação dos presos pelos atos terroristas. “Sobre essas pessoas já ouvi de tudo. Uns dizem que são terroristas, outros dizem que são infiltrados. São pessoas envolvidas com as depredações, é um grupo grande que com certeza está sofrendo alguma dificuldade em relação à logística”, afirmou a deputada.
Roosevelt Vilela (PL) também defendeu que a Câmara Legislativa acompanhe a situação dos presos. “Como está sendo o tratamento das pessoas detidas? Chegam notícias de pessoas passando mal. Vamos fazer uma visita ao local onde os manifestantes estão detidos”, garantiu. O distrital também voltou a defender a atuação da Polícia Militar no domingo. “Graças a Deus temos policiais com equilíbrio emocional, pois se eles partissem para cima dos manifestantes, estaríamos discutindo hoje quantas vidas foram perdidas. Se a gente tivesse uma polícia tão radical quanto os manifestantes foram, hoje teríamos uma tragédia”, afirmou Roosevelt.
O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) defendeu tratamento humanitário para os presos pelos atos terroristas. “Direitos humanos para todos. Uma infinidade de pessoas confinadas num mesmo ambiente? Não é assim. Cada um tem que responder pelo que fez. É hora de ponderação. Se jogar gasolina no fogo, esse negócio vai continuar explodindo e poderemos ter coisas inconsequentes”, disse. O deputado também falou sobre a urgência de se criar um canal de diálogo com o interventor federal. “Precisamos abrir uma linha de diálogo. Não queremos e nem vamos interferir em nada, mas precisamos participar. Eu quero estar perto daquelas pessoas detidas, quero saber como estão, se estão bem. Não estou defendendo bandido. Defendo punição de quem quer que seja, mas peço a sensatez”, disse Pastor Daniel de Castro.
Fonte – Agência CLDF