O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma ofensiva política nesta sexta-feira (10/10), promovendo a demissão de servidores federais ligados ao Centrão que votaram contra a Medida Provisória (MP) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na última quarta-feira (8/10). A medida, retirada de pauta na Câmara dos Deputados, perdeu a validade, comprometendo as estratégias do Planalto para compensação de receitas até 2026.
Entre os desligamentos, estão nomes ligados ao PP, do senador Ciro Nogueira, na Caixa Econômica Federal, e do PSD, de Gilberto Kassab, no Ministério da Agricultura. Segundo informações do governo, os parlamentares teriam articulado votos contrários à MP, prejudicando a base aliada.
Além disso, houve trocas em superintendências estaduais da Agricultura no Paraná, Maranhão, Pará e Minas Gerais, bem como alterações na vice-presidência de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa, e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Roraima.
A Secretaria de Relações Institucionais, comandada pela ministra Gleisi Hoffmann (PT), estaria avaliando as indicações de todos os deputados que se posicionaram contra a pauta, abrindo caminho para novas exonerações nos próximos dias.
A ação é interpretada como retaliação do Planalto, demonstrando a pressão sobre a base aliada e a tentativa de reafirmar o controle político sobre cargos estratégicos do governo.
