O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso nesta quinta-feira (13) durante a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
A investigação apura um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões, realizado entre 2019 e 2024, que pode ter causado prejuízos de até R$ 6,3 bilhões ao INSS. Stefanutto foi afastado do cargo em abril e posteriormente demitido, após a revelação do escândalo.
A defesa do ex-presidente afirmou que não teve acesso ao teor da decisão e que “segue confiante de que comprovará a inocência dele ao final dos procedimentos relacionados ao caso”.
Ao todo, a PF cumpre 63 mandados de busca e outras medidas cautelares no Distrito Federal e em 14 estados, incluindo Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Além de Stefanutto, são alvos da operação o ex-ministro da Previdência Ahmed Mohamad Oliveira, que passará a usar tornozeleira eletrônica, o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA), entre outros.
Os investigados respondem por crimes como organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistemas oficiais, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial. Até o momento, seis pessoas foram presas.


