O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi oficializado nesta terça-feira (16) como líder da Minoria na Câmara dos Deputados, bloco que faz oposição ao governo federal. A deputada Caroline de Toni (PL-SC), que ocupava o cargo, renunciou e assumiu como primeira vice-líder, mantendo representação da bancada nas votações em plenário durante a ausência de Eduardo.
A nomeação ocorre enquanto Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos e não registra presença em votações há mais de dois meses, situação que poderia levar à cassação de seu mandato a partir de 2026. Segundo a direção do PL, a manobra se ampara em uma norma da Mesa Diretora da Câmara de 2015, que permite isenção de justificativa de faltas a líderes partidários.
O deputado é responsável pela articulação de sanções do governo dos EUA contra o Brasil, visando pressionar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Do lado governista, a medida provocou críticas. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a decisão como “absurda” e informou que estudará ações no Plenário, na Mesa Diretora e no Judiciário. Na semana passada, o parlamentar já havia protocolado no STF pedido de prisão preventiva contra Eduardo Bolsonaro e bloqueio de salários e verbas parlamentares.
