A queda na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem chamado a atenção nos últimos meses. Dados recentes de pesquisas de opinião apontam um aumento no nível de insatisfação popular, especialmente devido à demora na concretização de promessas feitas durante a campanha eleitoral.
Durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (30), Lula reconheceu que a queda na aprovação era esperada, justificando que seu governo ainda não conseguiu entregar todas as propostas apresentadas à população. O presidente ressaltou que tem confiança nas futuras realizações e afirmou que, nos dois anos de seu atual mandato, já fez mais em termos de preparação do que em seus governos anteriores.
“Quando o Pimenta [então ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República] aparecia com uma pesquisa dizendo o que o povo estava pensando, eu falava que é assim mesmo”, disse Lula, minimizando a queda nos índices de aprovação. “O povo tem razão. A gente não está entregando aquilo que prometeu. Então, como é que o povo vai falar bem do governo se a gente não está entregando?”, acrescentou.
A insatisfação popular tem sido evidenciada por dificuldades econômicas, lentidão na execução de políticas públicas e falta de avanços significativos em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura. Setores do empresariado também demonstram preocupação com o ritmo da economia, enquanto o cidadão comum segue aguardando a materialização de medidas que melhorem sua qualidade de vida.
Lula defendeu que pesquisas devem ser vistas como um termômetro para ajustes na gestão e reforçou sua confiança na capacidade de entrega do governo. “Quero lembrar que eu deixei a Presidência com 87% de bom e ótimo. Tenho consciência do que estamos fazendo, mas tenho muita consciência das coisas que falo para vocês. Cada coisa que eu falar, nós vamos entregar”, afirmou. Apesar da defesa, a paciência da população parece estar se esgotando, conforme apontam os últimos levantamentos de opinião.
A expectativa é que o governo acelere suas entregas e apresente soluções concretas para reverter o quadro de desaprovação antes que os impactos políticos se tornem irreversíveis.