Os eleitores estão distribuídos pelos 5.550 municípios e em 171 localidades de 110 países. Os dados foram divulgados pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux, que deixa a liderança do órgão em 15 de agosto
Mais de 147,3 milhões de eleitores irão votar nas eleições em outubro deste ano – um aumento de 3% em relação a 2014. Mas, apenas 0,95% corresponde a jovens de 16 a 17 anos, uma baixa de 14,53% em relação ao período anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1°/8) pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux.
Uma das novidades deste ano é o uso do nome social para eleitores transexuais e travestis. Ao todo, 6,2 mil pessoas pediram a mudança – sendo que 1,8 mil em São Paulo, 647 em Minas Gerais e outras 426 no Rio de Janeiro. No exterior, foram cinco brasileiros que também optaram pelo nome social.
A faixa etária com maior quantitativo de eleitores é entre 45 e 59 anos, que correspondem a 24,26%. Em seguida, estão os eleitores de 25 a 34 anos, com 21,15% do total. No que diz respeito à voto facultativo, enquanto houve aumento de 11,12% de eleitores com mais de 70 anos, houve uma baixa de 14,53% entre aqueles com 16 e 17 anos.
São Paulo continua sendo o estado com maior número de editores, com 33 milhões. Seguido por Minas Gerais (15 milhões) e Rio de Janeiro (12 milhões). A maior parte dos eleitores possui ensino fundamental incompleto, com 38 milhões. Outros 33,6 milhões afirmaram ter concluído, pelo menos, o ensino médio. Já os com ensino superior correspondem a 13,5 milhões.
A pesquisa também revelou que 940 mil eleitores declaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Eles têm até o dia 23 de agosto para socializar transferência para uma seção com acesso facilitado. “Muitos deles são cadeirantes. O que nós estabelecemos é que as sessões eleitorais devem construir rampas de acesso, e que elas também fiquem no primeiro piso para facilitar”, comentou Fux.
No exterior
Ao todo, meio milhão de brasileiros que moram no exterior irão votar para presidente da República, em outubro. Houve um aumento de 41,37% em relação a 2014, quando apenas 354,1 mil votaram. Eles estão espalhadas em 171 cidades, e 110 países.
O magistrado deixa a presidência da Corte em 15 de agosto, quando assume a ministra Rosa Weber. “Eu assumi um mandato curto, com calendário eleitoral extremamente apertado, e , coincidentemente, acabei absorvendo todo calendário eleitoral, mas vou me despedir antes da realização das eleições. Mas o faço ciente de um dever cumprido”, comentou Fux. “Mas, quero dizer que ficou muito patente que a democracia e as eleições só convivem bem, por termos o que temos no Brasil: um excelente jornalismo profissional”, completou.
Em discurso, Fux também comentou sobre a importância do jornalismo para o combate às notícias falsas, cujo TSE, segundo o ministro, fez “varios convênios e pactos de auxílio” para trabalhar contra a criação e a destruição de fake news.
Eleições em números
De acordo com os dados divulgados, a maior parte do eleitorado é composta por mulheres, com 77,3 milhões. Isso representa 52,5% do total. No caso do gênero masculino, esse número é de 69,9 milhões (47,5%).