Em meio a escândalos e promessas de investigação “até o fim, doa a quem doer”, uma certeza paira no ar: alguém roubou o queijo. Ou melhor, o benefício. Ou os dois. E agora, em vez de respostas, o que temos é um novo ministro tentando correr mais rápido que a própria sombra para provar que “foi o outro governo”. Um clássico do jogo político: passa a culpa, apaga os dados e cria um aplicativo.
Sim, um aplicativo! Porque, claro, se o seu desconto indevido sumiu do extrato, basta clicar em “recuperar dinheiro” e tudo se resolve, né? Como num passe de mágica. Só que… cadê o dinheiro? E mais importante: cadê quem vai devolver esse dinheiro?
Enquanto o governo bate no peito dizendo que foi quem chamou a polícia, a Polícia Federal diz que a farra começou lá atrás — e o povo, mais uma vez, é quem paga o ingresso para esse circo. Bloquearam bilhões? Ótimo. Mas quando eles voltam para o bolso de quem precisa? Porque aposentado não paga conta com promessa.
No meio disso tudo, a fila do INSS segue com milhões de pessoas esperando por um direito — não um favor. E o Boletim Estatístico da Previdência, que deveria informar o tamanho do rombo e da fila, simplesmente… sumiu. Teve “apagão de dados”, dizem. Conveniente, né?
A verdade é que, enquanto parlamentares discutem quem errou primeiro, ninguém explica por que tanta gente foi enganada por anos. No final, é sempre assim: o queijo some, o rato desaparece, e sobra só a conta — sempre para o povo.