De aroma forte, presença constante e papel social inegável, o café sempre foi mais que uma bebida. Ele é o início da conversa, o motivo da visita, o combustível da esperança.
Mas neste 24 de maio, o cheiro é outro: o do bolso queimando.
O café, que antes unia vizinhos, acolhia visitas e aquecia o coração em qualquer cantinho, agora está com preço de joia rara. A famosa frase “passa lá em casa pra um cafezinho” virou praticamente ameaça. Quem convida já vai avisando: traz o pó, que a água eu coloco.
O cafezinho da padaria virou “cafezão” na conta. Nas empresas, sumiu da copa. E na casa da avó? Agora é só em ocasiões especiais – tipo aniversário ou aparição divina.
A verdade é que o café, nosso eterno símbolo de socialização e afeto, está sendo empurrado pra margem da rotina. Não por falta de amor, mas por falta de condição mesmo.
Feliz Dia Nacional do Café pra quem ainda consegue tomar. Porque no Brasil de hoje, o café continua forte… mas é no gosto amargo da realidade.
POLÍTICA de A a Z com ela, pergunta:
O Brasil sem café ainda é o Brasil? Ou viramos apenas um país com saudade no bule?