Em setembro, Mahsa Amini foi presa pela Polícia da Moralidade sob a justificativa de que não estaria cumprindo as regras de vestimentas impostas às mulheres no Irã. A jovem curda de 22 anos morreu sob a custódia do Estado. Foi o estopim para uma onda de manifestações que se espalharam por todo o país. Natuza Nery conversa com a jornalista Adriana Carranca.
Em setembro, Mahsa Amini foi presa pela Polícia da Moralidade sob a justificativa de que não estaria cumprindo as regras de vestimentas impostas às mulheres no Irã. Três dias depois, a jovem curda de 22 anos morreu sob a custódia do Estado. Foi o estopim para uma onda de manifestações que se espalharam rapidamente por todo o país. Os protestos, majoritariamente liderados por mulheres, se alongam pelo terceiro mês seguido, com manifestações chegando até a Copa. Natuza Nery conversa com Adriana Carranca, jornalista e autora do livro “Entre Sonhos e Dragões”, com duas personagens nascidas no Irã. Neste episódio:
- Adriana Carranca destaca que, ao contrário de manifestações anteriores, dessa vez estão nas ruas pessoas de diversas idades, etnias e regiões;
- Ela descreve como as novas gerações de mulheres, desde a Revolução Islâmica de 1979, “foram encontrando seus caminhos para desafiar o regime ditatorial”;
- A jornalista dá seu testemunho em relação à repressão da Polícia da Moralidade: “Eu via prisões de mulheres iranianas todos os dias”.