Forças militares dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam um navio petroleiro próximo à costa da Venezuela nesta quarta-feira (10). O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou a operação durante um evento na Casa Branca, embora não tenha revelado o nome da embarcação, sua bandeira ou o local exato da interceptação. Trump limitou-se a dizer que a ação ocorreu “por uma boa razão”.
A operação acontece em meio ao reforço militar dos EUA no Caribe, que inclui a presença de um porta-aviões, aeronaves de combate e dezenas de milhares de militares. Washington afirma que o objetivo é ampliar o combate ao narcotráfico, enquanto o governo de Nicolás Maduro acusa os Estados Unidos de tentarem derrubar o regime chavista.
A notícia da apreensão afetou o mercado internacional: após iniciar o dia em queda, o preço do petróleo registrou alta.
Membro fundador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Venezuela exportou mais de 900 mil barris por dia no mês passado — a terceira maior média do ano. O aumento é resultado da maior importação de nafta pela estatal PDVSA, usada para diluir o petróleo cru pesado produzido no país.
Apesar da pressão crescente sobre Maduro, até então os Estados Unidos não haviam interferido diretamente no fluxo de petróleo venezuelano. Trump, porém, voltou a mencionar a possibilidade de uma intervenção militar no país vizinho.


