Chile define segundo turno presidencial entre esquerda e ultra-direita em 14 de dezembro

O Chile definiu neste domingo (16) os dois nomes que disputarão o comando do país pelos próximos quatro anos. A candidata da coalizão de esquerda, Janette Jara, e o representante da ultra-direita, José Antonio Kast, avançaram para o segundo turno marcado para 14 de dezembro.

Com mais de 80% das urnas apuradas até as 21h25, Jara liderava a disputa com 26,71% dos votos, seguida de Kast, que somava 24,12%. Mais de 11 milhões de chilenos compareceram às urnas, em uma eleição marcada pelo retorno do voto obrigatório — medida que não era aplicada desde 2012 e pode gerar multa aos ausentes.

Além da Presidência, os eleitores também escolheram novos deputados e senadores, completando um dos pleitos mais importantes dos últimos anos.

Segurança domina a campanha

O tema central desta eleição foi a segurança pública. O país enfrenta um aumento significativo da violência: a taxa de homicídios por 100 mil habitantes quase triplicou entre 2015 e 2024. Esse avanço ocorreu em paralelo a uma forte migração de venezuelanos e à entrada da organização criminosa Trem de Aragua, originada em presídios da Venezuela. A associação entre imigração e criminalidade ganhou força no debate eleitoral, influenciando propostas e discursos dos candidatos.

Com posições ideológicas opostas e estratégias distintas, Jara e Kast iniciam agora uma das campanhas mais polarizadas dos últimos ciclos eleitorais chilenos.

Últimas