Castilho assume presidência do Peru e defende país sem corrupção

 

Com o compromisso de uma nova Constituição para o país, o socialista Pedro Castilho, de 51 anos, assumiu nesta quarta-feira (28) a presidência do Peru. No início da tarde de hoje, Castilho prestou juramento diante do plenário do Congresso unicameral, usando seu chapéu de palha de aba larga, uma marca de toda a sua campanha eleitoral. O acessório é típico de sua terra andina e natal Cajamarca. “Juro pela população do Peru, por um país sem corrupção e por uma nova Constituição”, disse o novo presidente.

A posse, marcada no dia do bicentenário da Independência do Peru, contou com a presença de alguns presidentes da América do Sul. O Brasil foi representado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão que volta ainda hoje para Brasília. Na última segunda-feira (26), quando embarcou para o Peru, Mourão disse pelo Twitter que iria levar “ao país amigo votos de felicidades”. “Que prossigamos na amizade e cooperação que sempre uniu Brasil e Peru”, acrescentou.

No último dia 20, o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou Castillo pela vitória. “Reafirmo a disposição do governo brasileiro em trabalhar com as autoridades peruanas para reforçar os laços de amizade e cooperação entre nossas nações”, disse à época em uma postagem no Twitter.

Desafios

Entre os maiores desafios do novo presidente peruano estão o controle do surto de covid-19 mais letal do mundo em relação à população, a reativação da economia e a recuperação da confiança em um país marcado por constantes crises políticas.

Perfil

Professor de escola pública primária e filho de camponeses, o representante do partido Peru Livre, de esquerda, Castillo Terrones, também é líder sindical. No pleito presidencial realizado no último dia 19 de julho, ele derrotou a direitista, filha do ex-presidente peruano, Alberto Fujimori, Keiko Fujimori.

Eleições

O Escritório Nacional de Processos Eleitorais do Peru oficializou a vitória de Castilho à presidência somente no dia 19 de julho. O esquerdista conquistou 50,126% dos votos e a oponente, Keiko Fujimori, do partido de extrema-direita Fuerza Popular, teve 49.874% dos votos. Diante da diferença apertada entre eles, de pouco mais de 44 mil votos, o pleito, realizado em 6 de junho, teve o resultado questionado por Fujimori. A candidata entrou com cinco recursos para anular os resultados nas cidades de Huancavelica, San Román (Puno), Huamanga (Ayacucho), Chota e Cajamarca. Castillo foi proclamado presidente eleito pelo júri eleitoral, que levou um mês e meio para analisar as contestações.

*Com informações da Agência Reuters.

Fonte: Agência Brasil

Últimas