Brasil sai do Mapa da Fome, segundo relatório da ONU

O Brasil deixou oficialmente o Mapa da Fome, segundo anúncio feito nesta segunda-feira (28) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O país havia retornado à lista em 2021, como consequência da pandemia de Covid-19, após permanecer sete anos fora da publicação.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o resultado se baseia na média entre os anos de 2022 e 2024, período em que o país ficou abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou com acesso insuficiente à alimentação adequada.

A retirada do Brasil do Mapa da Fome era uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e representa um avanço importante na luta contra a insegurança alimentar.

O Mapa da Fome é um índice internacional elaborado pela FAO que identifica os países onde mais de 2,5% da população vive em situação de subalimentação grave — ou seja, sem acesso contínuo à quantidade mínima de alimentos necessária para uma vida saudável.

A principal métrica usada pela organização é a “Prevalência de Subnutrição”, que mede o percentual da população em risco de desnutrição. Quando esse número ultrapassa o limite de 2,5%, o país passa a integrar o Mapa da Fome.

Embora os dados sejam atualizados anualmente, a inclusão ou exclusão de um país leva em consideração a média dos três anos anteriores, justamente para evitar distorções provocadas por eventos pontuais, como crises econômicas ou desastres naturais.

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