Cerca de 80 pesquisadores do renomado Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que trabalham no vital projeto de monitoramento do desmatamento da Amazônia e outros biomas brasileiros enfrentam a angústia de uma possível paralisação de suas atividades devido à falta de pagamento. Esses pesquisadores são bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), e seus contratos estão previstos para encerrar no próximo dia 31, sem perspectiva de renovação.
O risco iminente de que esses 78 bolsistas que atuam em projetos como PRODES, DETER e Terraclass possam não receber seus salários em dezembro e, talvez, até em janeiro, caso a renovação de seus contratos não seja efetivada a tempo, ameaça a continuidade do monitoramento crucial dessas áreas sensíveis.
Uma das bolsistas, que preferiu não se identificar, expressou sua preocupação: “Estamos bem desesperados, porque já não temos nenhum benefício e, se não forem implementadas as novas bolsas a tempo, ficaremos sem salário em pleno final de ano.”
Embora uma manifestação dos bolsistas estivesse programada para ocorrer em frente ao Instituto, foi cancelada devido a mudanças recentes no processo de renovação de contratos, o que causou demoras inesperadas.
De acordo com Claudio Almeida, coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e Demais Biomas Brasileiros do INPE, o projeto já passou por todas as análises e áreas técnicas do INPE e do CNPQ e agora aguarda a aprovação da Procuradoria Especializada do Conselho. No entanto, a incerteza persiste.
Os pesquisadores estão se mobilizando nas redes sociais com a hashtag #renovaPRODES para chamar a atenção para essa situação crítica. Eles esperam que haja pressão e ação efetiva para garantir a continuidade desse trabalho vital de monitoramento da Amazônia e outros biomas brasileiros.
A questão se torna ainda mais preocupante considerando a importância do monitoramento ambiental e do combate ao desmatamento, algo de grande relevância para a proteção dos nossos ecossistemas e para o mundo. Esperamos que uma solução rápida seja encontrada para garantir que esses cientistas possam continuar seu trabalho essencial.
