O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), decretou situação de emergência por 180 dias no município de Padre Bernardo, localizado no Entorno do Distrito Federal. A medida foi motivada pelos graves danos ambientais provocados pelo deslizamento do Aterro Sanitário Ouro Verde, ocorrido em 18 de junho de 2025.
Segundo o decreto, o desastre foi classificado como de nível 2, o que indica intensidade média, e representa ameaça às águas superficiais e subterrâneas, devido ao derramamento de resíduos e substâncias potencialmente tóxicas no meio ambiente.
Ações emergenciais
Com o decreto em vigor, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) foi autorizada a adotar medidas imediatas de mitigação dos impactos ambientais, incluindo:
- Entrada em imóveis públicos ou privados, se necessário;
- Evacuação de áreas em situação de risco;
- Fiscalização e exigência de ações corretivas por parte da empresa responsável.
A Semad reforçou que o decreto não isenta a empresa Ouro Verde de suas obrigações legais. A companhia permanece responsável por reparar os danos ambientais, seguindo diretrizes técnicas e legais.
TAC firmado com a empresa Ouro Verde
Em resposta à tragédia, a empresa Ouro Verde firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o governo estadual. O acordo prevê uma série de obrigações com prazos definidos.
Uma das principais exigências é a remoção de mais de 40 mil metros cúbicos de lixo que foram arrastados para o leito do Córrego Santa Bárbara, importante afluente da região. A empresa deverá:
- Comprovar até o dia 18 de julho a contratação dos caminhões para transporte dos resíduos;
- Iniciar a operação até 21 de julho;
- Concluir a retirada até 15 de agosto.
O governo estadual segue acompanhando a situação de perto, mobilizando equipes técnicas e ambientais para garantir que a tragédia seja contida e que os danos ao meio ambiente e à população local sejam minimizados.
