Líderes de diferentes partidos se unem em defesa de ações integradas contra o crime organizado
Durante um almoço realizado em Brasília, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), junto com os governadores Jorginho Mello (PL-SC) e Romeu Zema (Novo-MG), além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), assinaram um pacto pela Segurança Pública.
O documento reafirma o compromisso conjunto com o Projeto de Lei 2646/2025, que visa o combate ao crime organizado, propondo instrumentos de repressão qualificada, responsabilização ampliada e coordenação interfederativa. A proposta reconhece que o enfrentamento à criminalidade exige sinergia entre União, estados, municípios, governos e oposição.
Os signatários também manifestaram preocupação com a lentidão na tramitação do PL 125/2022, que trata do devedor contumaz, e pediram que ambos os projetos sejam analisados pelo Congresso Nacional em conjunto com o PL do governo, atualmente sob relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP), previsto para votação nesta quarta-feira (12).
Entre os compromissos do dia, Ronaldo Caiado também se reuniu com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, no gabinete do senador Efraim Filho (PB), antes do almoço entre os governadores.
Após o encontro, os líderes estaduais foram recebidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante a conversa, defenderam que organizações criminosas sejam enquadradas como grupos terroristas, medida que vem ganhando apoio entre diferentes setores políticos e de segurança pública.
Análise Mulher Capital Brasília:
O pacto firmado em Brasília simboliza um movimento político de convergência entre estados e partidos em torno da pauta da segurança pública — uma das mais sensíveis do país. A união de governadores de diferentes legendas evidencia que o combate ao crime organizado ultrapassa fronteiras partidárias e exige uma coordenação nacional sólida. A proposta de enquadrar organizações criminosas como grupos terroristas reforça a busca por medidas mais duras, mas também levanta o desafio de garantir que o endurecimento da lei venha acompanhado de eficiência, transparência e respeito aos direitos fundamentais.


