O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), foi submetido nesta segunda-feira (24) a um procedimento de ablação por cateter para tratar uma fibrilação atrial, arritmia caracterizada por batimentos irregulares e que pode provocar complicações graves se não tratada.
Segundo o cardiologista Jamersom Spíndola, especialista em arritmias e implante de marca-passo, a fibrilação atrial ocorre quando há uma desorganização elétrica no coração.
“O paciente sente palpitação, falta de ar e um mal-estar típico da arritmia. Provavelmente o governador percebeu esse desconforto, realizou um eletrocardiograma e recebeu o diagnóstico”, afirmou.
Procedimento é moderno e tem alta taxa de sucesso
A ablação realizada em Caiado é considerada minimamente invasiva e apresenta índice de cura superior a 95%, conforme o especialista. O procedimento consiste em identificar e destruir os focos elétricos que disparam a arritmia.
“Na maioria dos casos, o paciente recebe alta no dia seguinte e não precisa de medicação contínua”, explicou Spíndola.
Ele destacou que o tratamento atua na parte elétrica do coração, diferente do stent implantado no governador em 2022, que é utilizado para tratar obstruções nas artérias coronárias.
Sinais de alerta
A fibrilação atrial é uma das arritmias mais comuns, sobretudo em pessoas idosas ou com doenças prévias, como insuficiência cardíaca ou doença de Chagas.
No entanto, também pode ocorrer em jovens, especialmente após consumo excessivo de álcool ou drogas.
“Palpitação nunca deve ser ignorada. O coração tem um ritmo tão regular que, quando a pessoa passa a senti-lo, é porque algo não está normal”, alertou o médico.
Riscos e complicações
Sem tratamento adequado, a fibrilação atrial pode favorecer a formação de coágulos dentro do coração. Esses coágulos podem migrar para:
- Cérebro, causando AVC;
- Pulmões, resultando em tromboembolismo;
- Membros inferiores, provocando trombose.
Atendimento rápido
Caiado buscou assistência médica imediata e foi atendido por sua equipe do Incor, em São Paulo. Spíndola ressaltou que Goiânia também possui equipes habilitadas para realizar o procedimento.
“Procurar atendimento ao primeiro sinal de alteração é fundamental”, finalizou o cardiologista.


