Alegria e segurança marcam retorno da educação infantil

“A volta às aulas está sendo tranquila. A alegria das crianças e a tranquilidade dos pais ao voltarem para escola estão sendo muito bonitos de testemunhar”, disse a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, na manhã desta quinta-feira, 5, em frente ao portão de entrada do Centro de Ensino Infantil 01, do Paranoá. Lá, ela acompanhou o retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino, após 511 dias de aulas remotas.

Ao longo da manhã, a secretária recebeu relatos das 14 coordenações regionais de ensino do DF. Todas reportaram ambiente calmo na volta dos estudantes e respeito total aos protocolos sanitários para evitar surtos de covid-19 dentro das escolas.

Pelo sistema de presença alternada adotado no DF, hoje foi o dia da volta das crianças de até 5 anos, que cursam a educação infantil. Ao todo, há 276 escolas na rede pública que oferecem essa modalidade. Exatas 45.587 crianças estão matriculadas. Pelo menos metade delas foi a escola, depois de mais de um ano. Algumas haviam chegado na idade escolar, mas não o fizeram porque as aulas foram suspensas por causa da pandemia.

Ana Vitória, de 4 anos, é uma dessas crianças. Ela chegou ao CEI 1 do Paranoá segurando a mão da mãe, Eva Moreira, com um sorriso tímido embaixo da máscara e uma indisfarçável curiosidade no olhar. “Estou muito feliz. É a primeira vez da minha filha na escola e estou me sentindo muito segura como início dessa nova fase”, disse Eva.

Camila Martins, mãe do Augusto, de 4 anos, também chegou a escola caminhando de mãos dadas com o filho. “A gente esperava que essa doença acabasse logo para começar as atividades, mas a forma como as escolas estão organizadas me deixa segura.”

Dentro do CEI 1 do Paranoá, os pais puderam ver a organização da escola. Todos os profissionais usavam máscaras e face shield – conseguidos numa parceria da escola com a UnB. As turmas estavam reduzidas, conforme o espaço físico da sala de aula. As carteiras, afastadas umas das outras. Na hora da merenda, o refeitório estava arrumado com somente uma cadeira por mesa, de forma que as crianças não aglomerem, nem mesmo no momento mais descontraído.

Pelo sistema de presença alternada adotado no DF, hoje foi o dia da volta das crianças de até 5 anos, que cursam a educação infantil

Diretora da CEI 1 Paranoá, a professora Raquel Gomes foi para a frente da escola receber as crianças na chegada. “Nosso sentimento é de ansiedade, mas estamos muito otimistas, torcendo e nos preparando para que dê tudo certo. Torcendo para que seja um retorno saudável para todos”, disse.

No pátio interno, três mesas com monitoras do transporte escolar atendiam os pais para colherem informações de horários para melhorar as rotas dos ônibus. “Assim como em todos os anos, estamos aqui pegando os dados das crianças para montar o nosso trajeto e percurso de transporte escolar. Recebendo os pais, temos todos os cadastros e horários, o que é muito importante ainda mais nesse momento de pandemia”, explicou Tânia Barbosa, uma das monitoras.

“Toda a nossa rede está organizada desta forma. Então, estamos muito confiantes de que a retomada das aulas vai se dar com segurança. Agora é hora de focarmos no pedagógico, no aprendizado, vamos começar projetos ambiciosos de leitura, escrita e interpretação da língua portuguesa e de matemática”, adiantou a secretária.

O escalonamento da volta às aulas presenciais prevê para a segunda-feira, 9, a retomada para o segmento do ensino fundamental, anos iniciais, e primeiro segmento da Educação de Jovens e Adultos. Será a maior volta entre todos os segmentos, pois há 150.575 crianças matriculadas em 416 escolas da rede pública de ensino entre o primeiro e o quinto anos do fundamental – além de 4.005 na EJA – primeiro segmento.

“Esse é um momento emblemático. Depois de 511 dias, estou muito emocionada em estar aqui, vendo as crianças voltarem para as escolas”, falava Hélvia Paranaguá, em conversa com os pais.

“Muitas vão para a escola pela primeira vez. É emocionante para nós, gestores, e para toda a comunidade escolar. É um momento de acolhimento. É um momento de amor. Peço aos pais que mandem seus filhos para as escolas, porque eles estarão seguros.”

* Com informações da Secretaria de Educação

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