Governo federal compra R$ 4 milhões em suco de pêssego do RS


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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou nesta segunda-feira (22) que irá investir R$ 4 milhões na aquisição de 890 mil litros de suco integral de pêssego de produtores, especialmente, do Rio Grande do Sul. 

O estado é o responsável pela maior produção da fruta e está enfrentando dificuldades para comercializar o produto em razão de problemas na atual safra e da concorrência com o pêssego argentino, com preço menor por causa da desvalorização do peso, moeda do país vizinho.

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Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, a medida pretende diminuir os impactos da crise enfrentada na atual safra e assegurar alternativas de escoamento da produção.

“Estamos mais uma vez ouvindo o setor produtivo, como já havíamos feito com o setor do arroz, e atendendo as expectativas dentro dos limites da responsabilidade fiscal. Foi mais uma grande safra deste país, pois no nosso governo plantar comida voltou a valer a pena”, disse.

De acordo com a Conab, a aquisição será feita por meio da modalidade Compra Direta (CD) no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Medida deverá atender pelo menos 270 famílias e quatro organizações produtoras.

Para participar, os produtores precisam se cadastrar no Sistema Nacional de Cadastro de Produtores Rurais e Demais Agentes (Sican) para enviar propostas com a quantidade do produto a ser ofertada. O limite individual por produtor é R$ 15 mil. 

“Essa é uma medida muito importante, não só pelos recursos que serão usados para comprar nossa produção, mas também pela divulgação que essa inserção do suco de pêssego na merenda escolar vai proporcionar para o nosso produto em vários lugares que não conhecem o nosso suco de pêssego, e não têm o hábito de consumi-lo”, disse o vice-presidente da Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas (RS), Celmar Schafer Raffi.

Segundo a Conab, o preço de referência do quilograma do pêssego para aquisição via PAA no Rio Grande do Sul é de R$ 1,85 a R$ 2,10. A estatal estabeleceu que irá pagar o valor máximo aos produtores gaúchos, com recursos que serão destinados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Bruno Bocchni – Repórter da Agência Brasil

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