Criado em 2024 pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), o projeto “Rejunte é com Elas” tem mudado o cenário da construção civil no Distrito Federal. Voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade social, o programa já formou mais de 150 participantes e segue ampliando a presença feminina em um setor ainda predominantemente masculino.
A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Senai-DF e o Sinduscon-DF, oferece cursos práticos nas áreas de acabamento e finalização de obras. As alunas aprendem desde técnicas de rejuntamento e assentamento de cerâmica até limpeza pós-obra e elaboração de currículos. Além da capacitação profissional, o projeto estimula o fortalecimento pessoal, a autoconfiança e o empreendedorismo.
Nos dias 15 e 16 de outubro, Planaltina e Itapoã receberam as mais novas formandas do programa: 50 mulheres que concluíram o curso com certificação e perspectivas de novos caminhos profissionais.
Entre as histórias inspiradoras, está a de Maria Irene Alves, 57 anos, moradora de Ceilândia, que conseguiu emprego logo após concluir o curso. “O Rejunte é com Elas me deu uma oportunidade que eu não esperava. Hoje tenho uma profissão e me sinto valorizada”, contou.
Casos como o dela se repetem em cada turma. Para muitas alunas, a formação representa não apenas uma chance no mercado de trabalho, mas também a reconstrução da autoestima e o início de uma vida mais independente.
A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, ressalta que o projeto simboliza uma conquista social. “Essas mulheres estão provando, na prática, que competência não tem gênero. Elas estão construindo, literalmente, um novo futuro”, afirmou.
O Rejunte é com Elas integra o programa Direito Delas, coordenado pela Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav/Sejus). Presente em 11 núcleos do DF, o programa oferece atendimento jurídico, psicológico e social a mulheres em vulnerabilidade, além de promover políticas públicas voltadas à autonomia e à inclusão feminina.
Mais do que um curso, o projeto tem se mostrado um instrumento de transformação — abrindo portas para o emprego, a renda e a dignidade de dezenas de mulheres que agora ajudam a construir, com as próprias mãos, uma nova história.
