Ao analisar a situação do mercado de trabalho ligado à economia verde e seu potencial crescimento na capital federal, o projeto Mapa do Emprego Verde, desenvolvido pela antiga Codeplan, hoje Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), tem como objetivo orientar políticas públicas que contribuam com a redução do desemprego, a qualidade de vida da população, o meio ambiente e o aumento da sustentabilidade econômica.
A economia verde é composta por atividades econômicas que têm baixa emissão de gases de efeito estufa, baixo risco ambiental e que promovem a economia circular. Cabe destacar que 8,3% dos postos de trabalho do DF são vinculados à economia verde.
A diretora de Estudos e Políticas Ambientais e Territoriais do IPEDF, Renata Florentino, afirma que “a economia verde do DF apresenta grande potencial de crescimento, seja por meio do aumento de contratação nas atividades econômicas que já são consideradas verdes, como pela transição ecológica que setores econômicos que ainda não são verdes estão fazendo em suas tecnologias, gerando cada vez mais eficiência e menos impacto ambiental, como é o caso da gestão de resíduos”.
Entre 2009 a 2019, essa modalidade empregatícia teve um aumento de 5,8%, ao passar de aproximadamente 83 mil pessoas para 88 mil. O ensaio apresentado pela Codeplan à época, agora IPEDF, buscou analisar a situação do mercado de trabalho ligado à economia verde e seu potencial crescimento na capital federal. Durante a coleta dos dados, verificou-se que existe uma tendência entre os consumidores por mercadorias e serviços que configurem um consumo mais consciente, buscando produtos que impactam menos e promovam mais sustentabilidade.
No DF, os empregos verdes são de predominância masculina e de pessoas identificadas como pretas ou pardas, 62,7% e 63,7%, respectivamente. Em relação à escolaridade dos profissionais das classes verdes, 37% deles possuem nível superior completo ou pós-graduação, enquanto 41,6% tinha ensino médio completo.
Sobre o rendimento médio desses trabalhadores, em 2019 os vínculos verdes somaram R$ 404 milhões. Entretanto, mensalmente, a renda era 14,8% menor (R$ 4.781 ao mês) que o valor médio registrado pela categoria de empregos não verdes (R$ 5.612). A faixa etária de maior participação no mercado formal verde é maior entre jovens de 14 a 19 anos (18,6%) empregados como aprendizes, em função de escriturário, em segmentos de atividades associativas. Ao sair desse grupo, o emprego verde perde participação de adultos entre 19 a 59 anos (8%), mas ganha força entre os de 59 a 79 anos (9%), sendo que o último grupo é de professores da educação superior.
Confira o Sumário Executivo e a apresentação do Mapa do Emprego Verde.
*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF
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Fonte: Agência Brasília