Mais pessoas em situação de rua têm acesso à alimentação no DF, aponta censo

O número de pessoas em situação de rua que recorrem aos restaurantes comunitários do Distrito Federal aumentou significativamente nos últimos anos. A informação consta no 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, divulgado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).

De acordo com o levantamento, 45,1% dos entrevistados afirmaram conseguir se alimentar nesses espaços — um salto expressivo em relação ao censo anterior, realizado em 2022, quando esse percentual era de apenas 13%. O dado representa um aumento de 32,1 pontos percentuais no acesso à alimentação por parte dessa população vulnerável.

Outro dado que chama atenção é a frequência de uso dos restaurantes: 44,7% dos entrevistados disseram ter utilizado os equipamentos públicos cinco vezes ou mais nos últimos seis meses, mais que o dobro dos 18,3% registrados anteriormente.

Para o secretário-chefe da Casa Civil e coordenador da Política Distrital para a População em Situação de Rua, Gustavo Rocha, os resultados mostram que as ações implementadas pelo Governo do Distrito Federal estão fazendo a diferença.

“O acesso à alimentação é um direito básico, e garantir esse direito é uma das prioridades da gestão. Os dados mostram que os esforços do GDF, por meio da coordenação da Casa Civil, têm gerado resultados concretos para a população em situação de rua”, destaca o secretário.

Atualmente, o DF conta com 18 restaurantes comunitários em funcionamento, sendo que 15 deles operam todos os dias da semana, inclusive em feriados.

Além da alimentação, o censo também revelou desafios persistentes enfrentados por essa população, como sintomas de ansiedade, depressão e dores constantes. O Governo do Distrito Federal reforça, com base nos dados, a importância de uma atuação integrada entre as áreas de saúde, assistência social e direitos humanos, com foco na dignidade e na proteção social.

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