A Concha Acústica foi reaberta, nesta quinta-feira (19), após ser totalmente reformada. Inaugurada oficialmente em 1969, o primeiro palco de shows da capital, que recebeu grandes artistas do Brasil e do mundo, não passava por obras havia 18 anos.
Entre os serviços feitos, estão pintura completa, revitalização do piso e do alambrado, instalação de refletores, substituição de vidros, limpeza das lajes, reparos hidráulicos e elétricos, entre outros. O investimento foi de cerca de R$ 500 mil e gerou mais de 200 oportunidades de emprego.
Administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o equipamento público contou com uma programação especial de reabertura: apresentações de dança, concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e a exibição do filme O Outro Lado do Paraíso.
Os próximos eventos programados para o local podem ser conferidos na página do Instagram do projeto Complexo Cultural Beira Lago. A Organização da Sociedade Civil (OSC) Amigos do Futuro é responsável pela programação.
O governador Ibaneis Rocha prestigiou parte da programação desta noite (19). “Reabrimos o MAB [Museu de Brasília], que estava fechado havia 14 anos e agora a Concha Acústica. Estamos trabalhando para estabelecer todos os ambientes culturais do Distrito Federal, abrindo aqueles que estão fechados também”, declarou o chefe do Executivo local.
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, ressaltou a importância da Concha Acústica não só para os moradores da capital, mas também para os artistas. “É um patrimônio, está no coração da população do Distrito Federal. É a perspectiva de todo artista que sonha em se apresentar aqui. Hoje, o espaço está preparado para receber grandes espetáculos”, salientou.
Estrutura
Localizada às margens do Lago Paranoá, a Concha Acústica tem um espaço de 29.750 metros quadrados, com área construída de 8.435 metros quadrados dedicados às apresentações artísticas ao ar livre. Projetada por Oscar Niemeyer, possui uma concha de 42 metros de comprimento e 5 metros de altura na parte mais elevada. Há dependências para bilheteria, camarins, banheiros, além de estacionamento público.
Com capacidade para 5 mil pessoas, com 200 bancos de concreto, sua estrutura é composta por três projeções de formas retangulares e uma plataforma de configuração trapezoidal, com um setor circular côncavo. Durante a década de 1970, a Concha Acústica foi pouco utilizada para eventos artísticos. Parou de funcionar em 2001 e em setembro de 2003 foi reformada e reaberta. Em 2019, foi fechada devido a pandemia do novo coronavírus.
Outras reformas
Segundo a Secec, apenas no primeiro semestre de 2021 foram investidos R$ 2 milhões em reformas de equipamentos geridos pela pasta. Um desses espaços foi o MAB, fechado desde 2007. Com os serviços, o local ganhou espaços com dimensões e estruturas únicas.