A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), declarou nesta quinta-feira (30) que o DF possui “a melhor polícia do Brasil” e colocou os efetivos de segurança pública do Distrito Federal à disposição do Governo do Rio de Janeiro para colaborar em ações de combate ao crime organizado.
A declaração foi feita durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, após reunião entre o governador fluminense, Cláudio Castro (PL), e gestores de estados administrados por partidos de direita. O encontro marcou a criação do Consórcio da Paz, iniciativa que visa integrar estratégias e operações interestaduais de segurança pública.
“Você pode ter certeza, no meu nome e no nome do governador Ibaneis Rocha, que trouxe o seu abraço: você falou que precisaria de mais homens, de mais efetivos — aquilo que você precisar. Nós temos a melhor polícia do Brasil, especializada, à sua disposição para te ajudar a continuar sua ação, a desarmar essas comunidades até o final, porque eu acho que isso é só o começo”, afirmou Celina Leão.
A vice-governadora destacou a solidariedade do Distrito Federal ao Rio de Janeiro após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro agentes de segurança — dois policiais civis e dois militares. Segundo Celina, o apoio do DF reforça a importância da união entre estados no enfrentamento ao crime organizado.
Ela também relembrou sua experiência ao comandar o Governo do DF por 66 dias durante a intervenção federal em Brasília, após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. De acordo com Celina, o episódio foi um exemplo de como o diálogo e a coordenação entre os Poderes podem restabelecer a ordem pública. “Esse trabalho pode servir de modelo para devolver o Brasil aos brasileiros”, afirmou.
Durante sua fala, a vice-governadora elogiou a condução da operação no Rio, classificando-a como “calculada e comandada”, e destacou que, segundo ela, não houve vítimas entre os moradores das comunidades. Celina também defendeu mudanças nas leis de execução penal e de segurança pública, argumentando que é preciso dar mais autonomia e valorização às forças policiais.
“A população não aguenta mais ser refém do crime organizado, que mudou a tática. Você está brigando com cartel de combustível, com financiamento, com dinheiro, com bilhões. Eles estão em todos os lugares”, disse.
Celina encerrou sua participação ressaltando o impacto humano da crise de segurança pública. “Os policiais saem de casa sem saber se vão voltar. E mães choram por filhos perdidos para o crime ou para a violência. Como mãe, me solidarizo com cada uma delas”, declarou.
Além do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, o Consórcio da Paz contará inicialmente com a adesão de Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, podendo ser ampliado a outros estados nas próximas semanas.
 
 


