A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), pré-candidata ao Palácio do Buriti em 2026, respondeu com firmeza às críticas recebidas após participar de um evento festivo no último domingo (14), em Brasília.
Durante a confraternização da Associação Brasileira de Portais de Notícias (ABBP), Celina foi convidada pelo grupo Colinas do Samba a subir ao palco e cantar. O momento descontraído, longe de ser apenas um gesto espontâneo, acabou gerando questionamentos de setores da esquerda, que tentaram associar a participação em um evento cultural a uma suposta incompatibilidade com o exercício de cargo público.
Ao reagir, Celina foi direta e objetiva:
“E quem disse que uma mulher não pode cantar? Uma mulher pode fazer o que quiser.”
A declaração expôs um debate antigo e ainda presente na política brasileira: o julgamento diferenciado imposto às mulheres em posições de poder. Enquanto homens públicos raramente são cobrados por momentos de lazer ou convivência social, mulheres seguem sendo alvo de críticas que carregam, muitas vezes, machismo disfarçado de moralismo.
Conhecida pela proximidade com a população e por um estilo político acessível, Celina transformou o episódio em um símbolo de autenticidade. Para aliados e observadores do cenário político, a atitude reforça uma imagem de liderança feminina que não abdica da própria identidade para ocupar espaços de poder.
Nas pesquisas eleitorais mais recentes, a vice-governadora aparece na liderança em cenários para 2026, com índices que chegam a 50% das intenções de voto, segundo levantamentos de institutos como Paraná Pesquisas e Real Time Big Data. Os números indicam que sua imagem pública dialoga com uma parcela expressiva do eleitorado do Distrito Federal.
Mais do que um episódio pontual, a reação de Celina Leão evidencia uma discussão maior sobre o lugar da mulher na política: é possível governar, liderar e, ao mesmo tempo, viver a cultura, a alegria e a vida pública sem pedir permissão.
No contexto atual, a mensagem é clara: ocupar o poder não exige silenciamento, contenção ou encaixe em estereótipos. Exige presença, autenticidade e coragem.


