O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) pôs fim ao incêndio ocorrido na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo, localizada entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek e o Jardim Zoológico de Brasília. No local, fica a nascente do Lago Paranoá. Nenhuma pessoa se feriu no episódio.
O incêndio teve início entre as quadras 14 e 15 do Setor de Mansões Park Way às margens da Estrada Parque Dom Bosco (DF-25). Por causa da proximidade com a rodovia, o CBMDF tem como hipótese que o fogo tenha sido provocado por ação humana.
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Governo federal acompanha incêndios em municípios paulistas.Governo de São Paulo cria gabinete de crise para combate a incêndios.Incêndios atingem milhares de hectares em parques de Minas Gerais.Está sem chover há mais de 120 dias no Distrito Federal, o período é de seca como em outras partes do Brasil. O incêndio ocorreu no horário de temperatura mais alta no DF – iniciou-se pouco antes do meio-dia (11h48) e foi até as 16h. Dentro do horário, a temperatura atingiu 31° Celsius e a umidade do ar foi de 24%.
O tamanho da área afetada será conhecido na segunda-feira (26) após medição de imagem de satélite. Trinta e cinco soldados combateram o fogo com uso de carros de água, bombas de água individuais, abafadores e sopradores mecânicos.
A Arie do Riacho Fundo, de 478 hectares, é considerada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) como local de refúgio de pássaros migrantes que atravessam corredor ecológico de unidades de conservação do DF.
No local, também há espécies endêmicas ameaçadas de extinção como o peixe pirá-brasília (Simpsonichthys boitonei), o rato-candango (Juscelinomys candango), além de orquídeas selvagens. O CBMDF identificou cobras-cipós (serpentes Chironius) carbonizadas pelo fogo.
Segundo o CBMDF, somente hoje mais de uma dezena de incêndios foram combatidos no Distrito Federal. A possibilidade de chuva em Brasília nos próximos 15 dias é de 5%, conforme Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil