No Distrito Federal (DF), a rota do atendimento pediátrico começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo essenciais para o acolhimento inicial das crianças. Com 176 unidades distribuídas pelo DF, esses locais desempenham um papel crucial no atendimento às viroses respiratórias comuns, como o VSR, RVH, Sars Cov 2 e influenza, que afetam especialmente os pequenos durante os meses de sazonalidade, geralmente entre março e julho.
Nas UBSs, a equipe médica realiza uma triagem inicial, que inclui aferição de temperatura, verificação dos sinais vitais e, se necessário, a administração de medicamentos. Além disso, é a partir da UBS que os pacientes podem ser encaminhados para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou um hospital, conforme a gravidade do caso.
O Distrito Federal conta com três UPAs que oferecem atendimento pediátrico 24 horas em Ceilândia, São Sebastião e Recanto das Emas. Essas unidades são equipadas com leitos de UTI e enfermaria, além de contar com equipes especializadas para atender emergências pediátricas. Pacientes em observação podem permanecer por até 24 horas, sendo encaminhados para hospitais em caso de necessidade de internação prolongada.
Para casos que exigem internação ou cuidados especializados, o DF possui nove hospitais com atendimento pediátrico, incluindo o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e hospitais regionais em diferentes áreas do DF. Esses hospitais são estruturados para oferecer suporte médico, cirúrgico e de terapia intensiva pediátrica.
A sazonalidade das doenças respiratórias, que ocorre principalmente entre março e julho, aumenta significativamente a demanda por serviços de saúde pediátrica. Em 2023, as UBSs registraram um aumento de 63,82% nos atendimentos pediátricos durante esse período, destacando a importância da preparação e organização do sistema de saúde para lidar com essas situações sazonais.
Para prevenir essas doenças, a imunização é fundamental. O DF oferece vacinação contra influenza e covid-19 em mais de 100 locais, além de outras medidas preventivas, como a aplicação do palivizumabe para crianças com condições de risco. Ademais, medidas simples de higiene e cuidado, como lavar as mãos regularmente, evitar contato com pessoas doentes e manter ambientes limpos, ajudam a reduzir o risco de infecções.
Em resumo, a rota do atendimento pediátrico no DF começa nas UBSs, que funcionam como porta de entrada para o sistema de saúde, e se estende para as UPAs e hospitais, garantindo o acolhimento e tratamento adequados para as crianças, especialmente durante os períodos de maior incidência de doenças respiratórias.
