Em abril, Orquestra vai de Wagner a Dvořák

O Canal do YouTube da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) apresenta, às 20h desta terça-feira (06.04), a peça de Richard Wagner “O Idílio de Siegfried” (1870). A obra foi gravada em março no Foyer da Sala Villa-Lobos, do teatro regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

“Trata-se de uma peça independente e autônoma, que se tornou uma das páginas mais célebres da música orquestral de Wagner”, explica o regente da Sinfônica, Claudio Cohen.

“É raro ouvir um Wagner tão terno, tão intimista e tão pouco afeito a trágicos arroubos melodramáticos como o que se vê no Idílio. Trata-se de uma suave e amorosa contemplação”, completa.

Para o maestro, o foyer “é um ambiente de rara beleza e adequado para a performance destes repertórios de música de câmara”.

O violinista Marcos Bastos executa o primeiro violino nessa performance. “No geral, a peça tem uma atmosfera muito intimista, até pela história da composição dela, que foi concebida como um presente para a esposa do autor alemão, Cosima, no nascimento do filho Siegfried”.

Ele ensina que isso se reflete bem na parte dos sopros e do quinteto de cordas, especialmente na parte do 1º violino, que, segundo o solista, carrega a maior parte dos temas melódicos dessa peça.

“São frases melódicas longas, que exigem muito da capacidade de sustentação do som e muito do fôlego do instrumentista de cordas, por assim dizer. Foi um desafio extremamente prazeroso e um presente, já que fizemos essa gravação no dia do meu aniversário, em 18 de fevereiro”, diz o músico, na OSTNCS desde novembro de 2017.

No dia 13.04, tem Fernando Morais – Concerto para Trompa e Orquestra. O trompista Fernando de Morais, que estudou na Hartt School-CT, nos Estados Unidos, tem participação especial na peça: “Esse é o primeiro concerto brasileiro para trompa e orquestra sinfônica. A obra ganhou resenha internacional, que a classificou como uma das grandes obras para esse instrumento”. A duração aproximada da música é 26 minutos, escrita em três movimentos.

Abril ainda terá como atrações a “Petite Symphonie”, de Charles Gounod, composta em 1885 para uma formação de nove músicos de sopros – uma flauta, dois oboés, duas clarinetas, duas trompas e dois fagotes, dividida em quatro movimentos, com duração aproximada de 20 minutos – e, de Antonin Dvořák, a “Serenata Opus 22” para orquestra de cordas.

“As serenatas, os divertimentos e músicas noturnas do século XVIII sempre tiveram, mesmo quando festivas, algo de um tom doméstico ou intimista. De fato, sua destinação eram as festividades ou o recreio da aristocracia ou das famílias abastadas. Assim, era natural que tivessem um ar de música ligeira, ainda que, dentre elas, despontem obras-primas”, contextualiza Cohen.

PROGRAMAÇÃO

Canal do YouTube OSTNCS

06/04: Richard Wagner – Idílio de Siegfried (Foyer da Sala Villa-Lobos, fevereiro de 2021)

13/04: Fernando Morais – Concerto para Trompa e Orquestra (Sala Villa-Lobos, outubro de 2012)

Maestro Christian Lindberg

Solista Luiz Garcia

20/04: Charles Gounod Petite Symphonie (Foyer, fevereiro de 2021)

27/04: Antonin Dvořák – “Serenata para Cordas Opus 22” (Foyer da Sala Villa-Lobos, fevereiro de 2021)

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

E-mail: [email protected]

Últimas