ONU Mulheres reforça combate à desigualdade salarial no mundo

Entidade denuncia disparidades persistentes e cobra ações urgentes de governos e empresas para garantir remuneração justa e equitativa entre homens e mulheres

A desigualdade salarial de gênero continua sendo um dos principais desafios para o empoderamento econômico das mulheres no mundo. Segundo a ONU Mulheres, apesar dos avanços legais e institucionais, as mulheres ainda recebem, em média, 20% menos que os homens para exercer as mesmas funções.

Essa diferença é ainda mais acentuada entre mulheres negras, indígenas, migrantes e com deficiência, refletindo desigualdades estruturais e barreiras históricas que limitam o acesso a cargos de liderança e a oportunidades de crescimento profissional.

Medidas e compromissos internacionais

Como co-líder da Coalizão Internacional pela Igualdade Salarial (EPIC), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a OCDE, a ONU Mulheres vem coordenando esforços globais para reduzir a disparidade de rendimentos entre homens e mulheres.

A iniciativa propõe políticas públicas, leis específicas e auditorias salariais para identificar e corrigir distorções. Também defende a transparência nas práticas de remuneração, o fortalecimento da negociação coletiva e a ampliação de mecanismos de responsabilização em empresas e órgãos públicos.

O papel do setor privado

A entidade ressalta que o setor privado tem papel essencial na transformação. Empresas que adotam políticas de equidade de gênero, promovem ambientes inclusivos e garantem igualdade de oportunidades tendem a ser mais inovadoras, produtivas e sustentáveis.

Estudos da ONU mostram que a redução da desigualdade salarial contribui para o crescimento econômico e para a redução da pobreza feminina, criando sociedades mais justas e equilibradas.

Caminho para a igualdade

A ONU Mulheres reforça que a igual remuneração por trabalho de igual valor é um direito humano fundamental e um pilar essencial do desenvolvimento sustentável.

A organização defende a necessidade de ação conjunta entre governos, empresas, sindicatos e sociedade civil para eliminar as disparidades salariais e assegurar que mulheres de todas as origens possam alcançar autonomia econômica plena.

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