A ONU Mulheres Brasil lançou uma nova chamada pública voltada para Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que queiram implementar um currículo de inclusão digital e acesso a direitos para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A iniciativa faz parte do projeto Mulher+Tech, realizado em parceria com a Claro S.A. e com apoio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O projeto busca capacitar até 1.300 mulheres em dez capitais brasileiras, com ênfase em mulheres brasileiras que já passaram por situações de violência doméstica, além de mulheres migrantes e refugiadas. A previsão é de que as atividades aconteçam entre setembro de 2025 e abril de 2026, e que cada cidade atenda de 100 a 150 participantes.
As ações acontecerão em Manaus (AM), Boa Vista (RR), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Belém (PA), Recife (PE), Cuiabá (MT), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Salvador (BA). O orçamento por localidade deve variar entre R$ 50 mil e R$ 80 mil.
As OSCs selecionadas contarão com suporte técnico e metodológico da ONU Mulheres, acesso a laptops, internet de alta velocidade para os espaços de aula, além de chips de dados móveis para as alunas que concluírem a carga horária mínima. Também estão previstas mentorias com voluntários da Claro S.A.
O curso será dividido em quatro módulos:
- Letramento digital básico: uso de dispositivos, segurança cibernética e redes sociais.
- Letramento de gênero: temas como identidade, interseccionalidade e enfrentamento da violência de gênero.
- Autonomia e acesso a direitos: educação financeira e acesso a serviços públicos.
- Empregabilidade e empreendedorismo: elaboração de currículo, redes de apoio e mentorias.
Como participar
As organizações interessadas devem enviar suas propostas até 22 de julho de 2025, às 23h59, para o e-mail: [email protected]. É necessário preencher os formulários disponíveis nos anexos da chamada e apresentar uma proposta técnica e financeira conforme os modelos indicados.
A ação reforça o compromisso da ONU Mulheres com o fortalecimento da autonomia feminina por meio do acesso à tecnologia, à informação e à geração de oportunidades. É uma chance importante para OSCs comprometidas com a transformação social e a equidade de gênero.