Japão pode ter primeira premiê mulher com nova coalizão conservadora

O Japão pode estar prestes a viver um momento histórico. Um acordo político entre o Partido Liberal Democrata (PLD) e o Partido da Inovação do Japão (Ishin) colocou a conservadora Sanae Takaichi como a principal candidata a se tornar a primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra do país.

Figura influente dentro do PLD, Takaichi é conhecida por suas posições nacionalistas e linha-dura, com discurso firme sobre defesa nacional e política externa. A nova coalizão, formada após semanas de negociações, busca consolidar uma agenda de direita, com foco em segurança, economia e revisão constitucional — temas que ganham força diante da crescente tensão geopolítica na Ásia.

A aliança entre os dois partidos foi recebida com entusiasmo por parte do eleitorado conservador, mas também com críticas de setores liberais e progressistas, que temem retrocessos em pautas sociais e de gênero.

Caso seja confirmada, a liderança de Sanae Takaichi representará uma quebra de paradigmas na política japonesa, tradicionalmente dominada por homens. Apesar disso, analistas destacam que sua ascensão não necessariamente significará avanços para a igualdade de gênero, já que suas pautas se mantêm firmemente alinhadas à ala mais conservadora do PLD.

O Japão, terceira maior economia do mundo, tem sido cobrado internacionalmente por ampliar a participação feminina na política. Atualmente, o país ocupa uma das últimas posições no ranking global de representatividade feminina no Parlamento.

Com o novo acordo, o PLD e o Ishin esperam fortalecer o governo e estabilizar a base política no Parlamento, preparando o terreno para um novo ciclo de poder — agora sob o comando de uma mulher que promete firmeza, tradição e continuidade.

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