Cármen Lúcia: a voz firme que lembra ao Brasil que democracia se cultiva todos os dias

A ministra Cármen Lúcia voltou a ocupar o centro do debate público ao fazer um alerta duro e necessário sobre os riscos à democracia brasileira. Durante um evento literário no Rio de Janeiro, ela afirmou que “se tivessem dado golpe, eu estaria na prisão”, ressaltando a gravidade da tentativa de ruptura institucional ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

Com sua postura sempre discreta, mas firme, Cármen Lúcia comparou a ditadura a “uma erva daninha que, quando não é retirada, toma conta do ambiente”, lembrando que a democracia exige vigilância, responsabilidade e trabalho diário.

A ministra também destacou trechos dos documentos que revelaram o plano terrorista conhecido como Punhal Verde e Amarelo, que previa o assassinato de autoridades, incluindo o presidente da República, o vice e ministros do STF. Para ela, neutralizar um ministro “não era harmonizar o rosto… era matar antes de ter rugas”, frase que escancara a brutalidade do que estava sendo articulado.

O discurso de Cármen Lúcia ocorre em meio à pressão política, no Congresso, para aprovar anistia a envolvidos nos atos golpistas. A fala da ministra funciona como contraponto, reforçando a responsabilidade histórica do momento: não se trata do passado, mas de proteger o futuro.

Por que isso importa para as mulheres

Cármen Lúcia é hoje uma das vozes femininas mais respeitadas na República. Em um país onde mulheres ainda enfrentam violência política e institucional, sua fala ecoa mais longe:
mostra que mulheres em posições de liderança não se calam,
que preservam a Constituição mesmo sob ameaça,
e que sua presença nos espaços de poder é fundamental para o equilíbrio democrático.

Sua postura reafirma que a democracia também tem um rosto feminino — resiliente, firme e corajoso.

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