Publicado no princípio de 2018, o livro de Mark Manson é duro, cru, mas ao mesmo tempo extremamente honesto e tece uma crítica à sociedade contemporânea que se habituou ao pensamento positivo.
Cheio de humor, ao longo dos nove capítulos vemos aspectos essenciais da vida serem abordados a partir de um ponto de vista original.
O leitor que aceitar o desafio proposto pela leitura certamente sairá com um olhar “fora da caixinha” porque o que Mark Manson faz é desconstruir lugares comuns. Um exemplo pode ser encontrado no capítulo 3, intitulado “Você não é especial”.
Ao contrário do que a sociedade tenta incutir, somos confrontados com a dura realidade de que somos mais um no meio da multidão, sofrendo de inseguranças e medos similares.
A escrita de Manson é anti o sonho americano, anti as histórias perfeitas, de superação, anti a felicidade plena idealizada. Trata-se de um elogio ao ser humano comum, médio, com os seus altos e baixos. A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da é uma tentativa de deixar o sujeito confortável com a sua própria condição e com os seus fracassos.
om uma linguagem super informal, que simula uma conversa de bar, a criação de Mark Manson conquista o leitor porque trata de assuntos densos contemporâneos com extrema leveza:
Ironicamente, esta fixação no positivo — no que é melhor, no que é superior — apenas serve para nos recordar constantemente aquilo que não somos, aquilo que nos falta, aquilo que devíamos ter sido mas não conseguimos ser. Afinal, uma pessoa realmente feliz não sente necessidade de se postar diante de um espelho a entoar que é feliz. Apenas é.
Se desejar experimentar um pouco mais a escrita de Manson, as primeiras páginas de A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da estão disponíveis online para download gratuito.