São Paulo lidera ranking de inovação no Brasil; SC e Paraná ganham destaque

SÃO PAULO – O estado de São Paulo mantém a liderança no Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Na edição de 2025, o estado obteve nota 0,872 em uma escala de 0 a 1 — quase três vezes a média nacional (0,296).

Além de São Paulo, outros cinco estados superaram a média:

  • Santa Catarina (0,449)
  • Paraná (0,413)
  • Rio de Janeiro (0,410)
  • Rio Grande do Sul (0,398)
  • Minas Gerais (0,368)

Na outra ponta do ranking, os piores desempenhos foram registrados em Alagoas (0,148), Maranhão (0,127) e Acre (0,122).

Avanços regionais

Desde 2014, quando o índice passou a ser calculado, São Paulo ocupa o topo. Porém, a última década trouxe mudanças relevantes:

  • Santa Catarina consolidou-se na vice-liderança desde 2020;
  • Paraná subiu do sexto lugar, em 2020, para o terceiro em 2025;
  • Rio de Janeiro caiu da segunda posição, em 2015, para a quarta este ano.

O INPI aponta um movimento de “leve desconcentração” da inovação no país. Em 2015, a média das unidades federativas correspondia a 28% do desempenho paulista; em 2025, essa proporção chegou a 29%.

Segundo o economista-chefe do INPI, Rodrigo Ventura, a última década revela “uma nova geografia da inovação brasileira”:

“A inovação deixou de ser exclusividade dos grandes centros e se espalhou para outras regiões, atraindo investimentos e impulsionando novos negócios.”

Como funciona o índice

Ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o INPI avalia inovação a partir de indicadores como:

  • instituições;
  • capital humano;
  • infraestrutura;
  • economia e negócios;
  • produção de conhecimento e tecnologia;
  • economia criativa.

O Ibid foi inspirado no Índice Global de Inovação (IGI), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

Brasil no cenário internacional

Na edição mais recente do IGI, de 2024, o Brasil ocupa a 50ª posição entre 133 países. Apesar da queda em relação a 2023 (49ª), o país avançou 20 colocações desde 2015 e aparece como a nação mais bem posicionada da América Latina, à frente de Chile (51º) e México (56º).

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