Quatro pessoas morreram na noite de terça-feira (23) na queda de um avião de pequeno porte na zona rural de Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Entre as vítimas estão o renomado arquiteto chinês Kongjian Yu, dois cineastas brasileiros, Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr., e o piloto e proprietário da aeronave, Marcelo Pereira de Barros.
O acidente ocorreu próximo à pista de pouso da Fazenda Barra Mansa, conhecida por ter sido locação da novela “Pantanal”, da TV Globo, e por receber turistas do Brasil e do exterior. As causas ainda estão sendo investigadas pelas autoridades locais.
Segundo amigos dos cineastas, Yu e Ferraz estavam produzindo um documentário sobre as chamadas “cidades-esponja”, conceito criado pelo arquiteto chinês, que busca soluções urbanas sustentáveis para áreas sujeitas a enchentes. A Olé Produções, responsável pelo projeto, informou que o voo era pago. No entanto, a aeronave não possuía autorização para transporte comercial de passageiros, levantando suspeitas de táxi-aéreo clandestino, que será investigada pela Polícia Civil.
Quem eram as vítimas
- Kongjian Yu: arquiteto chinês de renome mundial, destaque na Bienal de Arquitetura em São Paulo; estava em missão para conhecer a região do Pantanal.
- Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz: cineasta documentarista brasileiro.
- Rubens Crispim Jr.: diretor e documentarista brasileiro.
- Marcelo Pereira de Barros: piloto e proprietário da aeronave.
Táxi-aéreo e regulamentação
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o táxi-aéreo é uma modalidade de transporte comercial de passageiros em que o valor do voo é acordado diretamente entre cliente e responsável. A operação de aeronaves sem autorização constitui atividade irregular, sujeita a investigação e sanções.
O acidente representa uma perda significativa para o campo da arquitetura e do cinema, interrompendo o trabalho de profissionais engajados em difundir conceitos inovadores de sustentabilidade e preservação ambiental.
