O câncer de próstata continua sendo o mais incidente entre os homens no Rio Grande do Norte, excluindo os casos de pele não melanoma, com uma taxa de 82,45 novos diagnósticos a cada 100 mil homens, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) divulgados em 2023.
Neste mês, a campanha Novembro Azul chama atenção para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, fundamentais para aumentar as chances de cura e reduzir as mortes causadas pela doença.
De acordo com o urologista Maryo Kemps, o câncer de próstata é a neoplasia mais comum entre os homens e a segunda principal causa de morte por câncer nessa população. Ele explica que histórico familiar e etnia estão entre os principais fatores de risco, sendo os homens negros os mais vulneráveis.
“O ideal é que quem tem fatores de risco comece o rastreamento a partir dos 45 anos. Para os demais, a recomendação é iniciar os exames a partir dos 50”, orienta Kemps.
O médico destaca, no entanto, que a maior barreira ainda é a falta de cuidado preventivo.
“O homem tem dificuldade de aceitar que também pode adoecer, sofrer e pedir ajuda. É preciso quebrar o tabu de que o homem deve ser sempre forte e autossuficiente”, afirma.
Nos estágios iniciais, o câncer de próstata costuma não apresentar sintomas, e o diagnóstico precoce é possível apenas com o acompanhamento médico regular e a realização de exames específicos. Quando detectado a tempo, as chances de cura podem chegar a 95%.
Além da conscientização sobre o câncer de próstata, o Novembro Azul busca estimular uma mudança de comportamento entre os homens — incentivando o autocuidado, o equilíbrio emocional e o acesso regular aos serviços de saúde.
O urologista Rodrigo Braz, pioneiro em cirurgia robótica em Brasília, destaca o papel da tecnologia nesse processo.
“A combinação de tecnologia e avaliação individualizada permite identificar precocemente os riscos de câncer de próstata e adotar abordagens mais precisas, seguras e menos invasivas”, explica o especialista.
Com exames modernos, protocolos personalizados e maior acesso à informação, os médicos reforçam que prevenir continua sendo o melhor tratamento — e que cuidar da saúde também é um ato de coragem.


