A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez duras críticas ao governo federal nesta sexta-feira (17) e saiu em defesa do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado em processo sobre tentativa de golpe de Estado.
Em entrevista à agência AFP, Michelle afirmou que as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil são resultado de “decisões equivocadas” do atual governo. “Essas medidas foram impostas por culpa dos nossos governantes e de autoridades brasileiras que violam direitos humanos e princípios democráticos”, declarou.
A presidente do PL Mulher também classificou a condenação do ex-presidente como uma “farsa judicial” e disse que há uma perseguição política em curso.
Michelle, que é frequentemente citada como possível candidata nas eleições de 2026, evitou confirmar planos eleitorais, afirmando que uma decisão será tomada “em debate profundo com o meu marido, com minhas filhas, com o PL e, em especial, fruto de muita oração”.
A ex-primeira-dama ainda criticou o movimento feminista, afirmando que o tema “deixou de se preocupar com as necessidades reais das mulheres para mergulhar em objetivos duvidosos da agenda ‘woke’”.
Na quinta-feira (16), Michelle reagiu ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes evangélicos no Palácio do Planalto. Pelas redes sociais, compartilhou fotos do evento e citou versículos bíblicos — entre eles, Mateus 6:24 (“Ninguém pode servir a dois senhores…”) e Apocalipse 22:11.
Os religiosos presentes na reunião, como o bispo Samuel Ferreira e o deputado Cezinha Madureira (PSD-SP), apoiaram Bolsonaro na eleição de 2022.
Michelle costuma usar versículos bíblicos para comentar temas políticos em seus stories no Instagram, enquanto as postagens no feed são menos frequentes. No dia do julgamento do ex-presidente pelo STF, ela publicou uma passagem sobre misericórdia divina.
