Médico acusado de crimes sexuais contra 18 mulheres é solto

O cirurgião plástico Klaus Brodbeck, de 54 anos, foi solto na noite desta segunda-feira (25) após decisão da juíza Rosália Huyer, da 2ª Vara Criminal de Porto Alegre. O médico é réu em processo no qual responde por crimes sexuais contra 18 mulheres entre os anos de 2005 e 2021, na Capital.

Klaus estava detido no complexo da Penitenciária Estdual de Canoas (Pecan) desde o dia 16 de julho, quando foi alvo de uma operação em Gramado, na Serra.

De acordo com decisão, a qual a reportagem de GZH teve acesso, no atual estágio do processo, não haveria um motivo que justificasse a permanência do réu na prisão. Na época, conforme a juíza, o médico teria desobedecido uma medida cautelar que impedia que ele ficasse próximo a supostas vítimas, testemunhas e familiares, o que permitiu a prisão preventiva.

Conforme o advogado  de defesa Diego da Silveira Cabral, Klaus foi autorizado a deixar o sistema prisional às 22h e já está em casa. Ele deve cumprir medidas cautelares como, por exemplo, voltar para sua residência antes do anoitecer durante a semana e não poder sair aos finais de semana. Para ele, a decisão da Justiça evidencia que as denúncias apresentadas não condizem com a realidade.

—Foi provado que o Klaus não representa perigo algum às vítimas. Ele vai cumprir todas as decisões judiciais e prestar todos os esclarecimentos—afirma Cabral.

O médico se tornou réu no dia 10 de setembro. Conforme denúncia do Ministério Público (MP), havia ocasiões em que o cirurgião propunha sexo como forma de pagamento pelo procedimento, praticando o estupro no caso de negativa da cliente. Há pelo menos menos 34 atribuições a crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, importunação sexual e assédio sexual. O MP informou que recorrerá da decisão da 2ª Vara Criminal.

Ao longo da investigação, foram colhidos mais de 140 depoimentos de vítima e testemunhas.

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