Ministro da AGU é o terceiro nome escolhido pelo presidente para a Corte; indicação agora segue para sabatina no Senado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou, nesta quinta-feira (20/11), o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, para ocupar a cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Luís Roberto Barroso. Esta é a terceira indicação feita por Lula ao Supremo em seu atual mandato — antes dele, Cristiano Zanin e Flávio Dino também foram nomeados para a Corte.
A escolha de Messias reforça a proximidade entre o ministro e o chefe do Executivo. Interlocutores do governo afirmam que Lula buscou um nome de confiança, capaz de reduzir futuras frustrações com decisões do tribunal, especialmente diante de um cenário político mais sensível.
Para assumir o cargo, Messias precisará ser aprovado em sabatina no Senado. A expectativa é de que o processo seja mais disputado, já que havia forte articulação em torno do nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também era cotado para a vaga.
A cadeira a ser preenchida ficou aberta após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, formalizada em 15 de outubro por decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União. Barroso integrou o STF por 11 anos, desde sua nomeação em 2013 pela então presidenta Dilma Rousseff, e poderia permanecer no posto até 2033, quando completaria 75 anos, idade limite para ministros da Corte.
Quem é Jorge Messias
Jorge Messias, 44 anos, é procurador da Fazenda Nacional desde 2007. Pernambucano, graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE) e concluiu mestrado e doutorado pela Universidade de Brasília (UnB).
Ao longo da carreira, ocupou posições estratégicas na administração pública. Foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação e consultor jurídico dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Desde o início do governo Lula, comanda a Advocacia-Geral da União.
Com a indicação formalizada, Messias entra agora no centro das articulações políticas que devem definir seu futuro no Supremo.
