A invasão de movimentos sociais na área exclusiva da COP30, em Belém (PA), causou desconforto no governo federal e chamou atenção para a necessidade de diálogo entre diferentes grupos sociais durante o evento climático mais importante do mundo.
Um grupo de indígenas e militantes de movimentos sociais invadiu a entrada da Zona Azul, área de acesso restrito da conferência, em protesto por maior participação dos povos originários nas discussões oficiais da cúpula.
Embora a segurança do evento não seja de responsabilidade direta do governo brasileiro, a ação acabou gerando constrangimento político. Integrantes da organização temem que o episódio seja interpretado como falha de articulação entre os movimentos sociais e o comitê responsável pela conferência.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, lamentou o episódio em entrevista à imprensa.
“Eu nem fiquei sabendo o motivo desse acontecimento e lamento muito, porque esta COP já está registrada como a maior e melhor”, declarou a ministra.
A COP30 é considerada um marco histórico para o Brasil, que sediará pela primeira vez a conferência da ONU sobre mudanças climáticas. O evento reúne chefes de Estado, lideranças políticas e representantes da sociedade civil de todo o mundo para discutir soluções e compromissos globais em defesa do meio ambiente.
O incidente reforça a importância de garantir espaço de diálogo e representatividade de todos os segmentos, especialmente os povos indígenas, protagonistas nas pautas de preservação e sustentabilidade.


