Campanha da Fraternidade 2021, frente à polarização

Por Ana Paula Neves

A campanha da fraternidade é tradicionalmente realizada pela Igreja Católica em parceria com instituições cristãs desde a década de 1960. O texto-base é escrito por membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e passa pelo aval da direção-geral da CNBB.
O tema  abordado esse ano, provocou a ira de conservadores brasileiros contra os organizadores da Campanha da Fraternidade, projeto realizado anualmente. O texto-base deste ano, cujo tema reforça a importância do diálogo frente à polarização, é ‘Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor’. A CNBB faz críticas relacionadas aos seguintes temas,”Negação da ciência” durante a pandemia de covid-19, Atuação do governo federal no combate ao coronavírus, Igrejas que não respeitaram o distanciamento social e A “cultura de violência” contra mulheres, negros, indígenas e pessoas LGBTIQ+. Os assuntos são difundidos nas celebrações e programações da comunidade religiosa.

Dom Odilo Pedro Scherer, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  explicou que a Campanha da Fraternidade se insere dentro da Quaresma “quando todos nós somos chamados a nos convertermos mais e mais ao Evangelho”. A crítica faz perder o foco da Campanha, que pretende ensinar o valor do ensinamento bíblico de que “Cristo é a nossa paz” , esqueçamos um pouco essa polêmica, pelo amor de Deus. 

Lançamento oficial  da Campanha  da Fraternidade é na quarta-feira de cinzas, quando tem início a Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa.

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