Campanha “Brasil sem Misoginia” é lançada pelo Ministério das Mulheres para combater a violência e o ódio contra as mulheres

O Ministério das Mulheres anunciou nesta quarta-feira (25) o lançamento da campanha “Brasil sem Misoginia”, uma iniciativa que visa mobilizar diversos setores da sociedade na luta contra a discriminação, o ódio e a violência dirigidos às mulheres. A cerimônia de lançamento contou com a assinatura de mais de 100 acordos de adesão à campanha, envolvendo empresas, governos estaduais, movimentos sociais, sindicatos, times de futebol, torcidas organizadas e entidades culturais, educacionais e religiosas.

Uma das missões destacadas pela ministra Cida Gonçalves é combater o feminicídio, que é alimentado pela misoginia e serve como catalisador de várias formas de violência contra as mulheres. Alarmantemente, apenas em 2022, 1.400 mulheres brasileiras perderam a vida devido ao feminicídio, de acordo com dados do Anuário da Segurança Pública. A ministra enfatizou que os feminicídios não se limitam ao ato de tirar a vida de uma mulher, pois eles têm raízes em comportamentos cotidianos, como piadas, brincadeiras, maus-tratos, violência psicológica e moral.

A campanha também se dedicará a combater a violência online, em parceria com empresas de tecnologia como Google, Facebook, Meta e Youtube. O objetivo é combater o discurso de ódio e a divulgação de fotos íntimas falsas de mulheres nas redes sociais. Dados da ONG Safernet apontam um aumento alarmante de 251% nas denúncias de discurso de ódio contra as mulheres na internet em 2022, em comparação com um aumento de 61% nas denúncias de discurso de ódio de outras naturezas. A primeira-dama Janja Lula da Silva afirmou que a campanha pressionará pela criminalização dos ataques nas redes sociais e a exclusão das contas responsáveis por esses ataques.

Além disso, a campanha se concentrará no combate à violência de gênero, na redução da desigualdade salarial entre homens e mulheres, na prevenção da violência doméstica e na promoção da presença feminina em posições de liderança e poder.

Ana Carolina Quirino, representante da ONU Mulheres no Brasil, ressaltou a importância de promover mudanças nas normas sociais que permitem a perpetuação da violência contra a mulher, tanto nos espaços públicos quanto nos privados.

O evento de lançamento contou com a participação de ministros, ministras e parlamentares, demonstrando o compromisso do governo e da sociedade em combater a misoginia e promover a igualdade de gênero em todo o país. A campanha “Brasil sem Misoginia” é um passo importante na direção de uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.

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