Atos pelo país pedem anistia para Bolsonaro e atacam ministro Alexandre de Moraes

Milhares de pessoas participaram neste domingo (3) de manifestações em diversas cidades brasileiras em apoio à anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e em protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os atos ocorreram em pelo menos 62 municípios, reunindo apoiadores do ex-presidente, que acompanhou as mobilizações por meio de videochamada, já que cumpre restrições judiciais.

As manifestações, organizadas por aliados políticos de Bolsonaro, foram marcadas por uso das cores verde e amarela e por cartazes que pediam a anistia ao ex-presidente e criticavam tanto o ministro Moraes quanto o presidente Lula. Entre os principais líderes presentes estavam o pastor Silas Malafaia, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-SP), o presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Os protestos ganharam força após medidas cautelares impostas por Moraes contra Bolsonaro, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e restrições de horário para sair de casa. Também motivou os atos a sanção aplicada pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Moraes, que inclui restrições de entrada e transações financeiras.

Em São Paulo, o ato reuniu cerca de 37,6 mil pessoas, conforme estimativa da Universidade de São Paulo (USP). A mobilização foi organizada principalmente por Silas Malafaia, e contou com a presença de líderes do campo político da direita, embora possíveis candidatos à Presidência em 2026 estivessem ausentes. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), participou do ato em Copacabana, declarando apoio a Bolsonaro.

Em outras capitais, como Belo Horizonte, Brasília, Belém, Salvador e diversas cidades de Santa Catarina, os atos também ocorreram com expressiva participação popular. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve presente em Belém, enquanto o vereador Carlos Bolsonaro marcou presença em Criciúma, Santa Catarina.

O projeto de lei que prevê a anistia para Bolsonaro e outros envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro ainda tramita na Câmara, mas não foi pautado. Líderes do PL pressionam para que o tema seja colocado em votação.

Os protestos deste domingo refletem a polarização política e indicam que a disputa eleitoral de 2026 já movimenta setores importantes do espectro político nacional.

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