O advogado Celso Vilardi, representante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contestou as acusações feitas pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid e levantou questionamentos sobre a narrativa de uma suposta tentativa de golpe. Em entrevista ao programa WW, Vilardi argumentou que a delação apresenta inconsistências e não se sustenta juridicamente.
Segundo o advogado, a ideia de um crime continuado desde 2021 não faz sentido dentro do Código Penal. Ele também questionou se manifestações contra as urnas eletrônicas poderiam ser interpretadas como parte de um golpe, lembrando que o próprio Congresso já debateu a implementação do voto impresso no passado.
Outro ponto levantado pela defesa de Bolsonaro é que, se houvesse um golpe em curso, por que Bolsonaro autorizaria a posse antecipada dos novos comandantes militares? Vilardi mencionou que o próprio ministro da Defesa, José Múcio, declarou recentemente que a transição no comando das Forças Armadas só ocorreu porque Bolsonaro interveio.
Por fim, o advogado reforçou que a defesa de Bolsonaro contestará as acusações com base nesses argumentos, apontando contradições na narrativa apresentada pela acusação.
A discussão segue intensa no cenário político, com novas movimentações da Justiça e impactos no debate público.
