O Governo do Distrito Federal oficializou, nesta sexta-feira (12/12), a nomeação de 2.073 novos profissionais para as forças de segurança. Os recém-nomeados — policiais militares, policiais civis, bombeiros militares e policiais penais — tomarão posse em 29 de dezembro, integrando de forma imediata o sistema de segurança pública.
A cerimônia também marcou a assinatura da Medida Provisória da Segurança Pública e do Projeto de Lei das Carreiras, que tratam de reajustes salariais e de avanços na equiparação das remunerações com as forças federais.
Ibaneis destaca resultados e promete continuidade no Senado
O governador Ibaneis Rocha (MDB) lembrou que o reforço do efetivo é parte de um planejamento iniciado em 2019. Segundo ele, a ampliação das equipes não é apenas uma ação administrativa, mas um reconhecimento ao trabalho das corporações.
“Temos as melhores forças de segurança do país, que atuam diariamente no combate ao crime. Zerar a criminalidade é impossível, mas os índices mostram que o DF é hoje um dos lugares mais seguros para se viver”, afirmou.
Ibaneis ressaltou ainda que, caso seja eleito senador, pretende levar ao Congresso debates sobre audiências de custódia, equiparação salarial com a Polícia Federal e mudanças na legislação penal. “Não é razoável que um criminoso seja preso três vezes no mesmo dia e volte para casa antes do policial que cumpriu um plantão de 24 horas”, disse.
Integração entre poderes impulsiona expansão do efetivo
O governador destacou que os avanços só foram possíveis devido à articulação entre Executivo, Legislativo e forças de segurança. O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, reforçou a importância dos novos servidores, lembrando que o DF atende demandas não apenas locais, mas também de órgãos federais situados na capital, o que exige equipes numerosas e preparadas.
Avelar também recordou a situação encontrada em gestões anteriores. “Em 2012, a Polícia Militar contava com 16 mil integrantes. Quando o atual governo assumiu, eram menos de 10 mil. Hoje já são 12 mil PMs e mais de 5 mil policiais civis”, destacou.
Corporações comemoram retomada da estrutura
A comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Habka, ressaltou que as contratações aprovadas desde 2019 evitaram um colapso no efetivo. “Sem essas nomeações, hoje teríamos apenas 5 mil policiais para cuidar de todo o Distrito Federal”, observou. Os 1.239 novos policiais militares se somam aos mais de 1,2 mil formados no ano passado, reforçando o policiamento ostensivo e liberando veteranos para áreas estratégicas.
O diretor-geral da Polícia Civil, José Werick, agradeceu o conjunto de autorizações recentes, incluindo concursos para delegados, peritos e médicos-legistas. Ele citou ainda melhorias estruturais e o avanço da construção do maior IML da América Latina. “Alcançamos uma reestruturação esperada há anos. Antes não havia compromisso com a segurança pública”, declarou.
Na Secretaria de Administração Penitenciária, o titular Wenderson Teles celebrou a nomeação de 150 novos policiais penais, totalizando 775 servidores incluídos na atual gestão. “Investir na polícia penal é fortalecer diretamente o combate ao crime e a ressocialização”, afirmou.
O Corpo de Bombeiros Militar, representado pelo comandante-geral coronel Moises Barcelos, também enfatizou os avanços: mais de 15 mil promoções, ingresso de 2 mil novos bombeiros, aquisição de aeronaves e retorno de 700 profissionais aposentados para atividades administrativas e escolas de gestão compartilhada.
Expansão histórica
Com as nomeações anunciadas, o DF encerra 2025 com uma das maiores ampliações de efetivo em uma década. Segundo o governo, os indicadores de criminalidade atingiram os melhores resultados da série histórica, reflexo de investimentos contínuos em pessoal, tecnologia e valorização das carreiras.
A posse dos novos servidores em 29 de dezembro marca oficialmente a entrada das novas turmas nas corporações que compõem o sistema de segurança pública do Distrito Federal.
